Eis a morte
Bem-vindo à morte
Pois é ela que está à janela
Quando você escreve
Coisas belas
Bem-vindo à morte
Pois é ela que está no quintal
Quando a única coisa
Que lhe interessa
É fazer mal
Bem-vindo à morte
Pois na cidadela
Ou na campina
É ela que quer te ver ferida
Suja
Envolta em lençóis de sangue
Ou presa no próprio vomito
É sempre ela
Sempre a nossa espera
De espreita
Buscando algum motivo
Para nos ver chorando
E não sorrindo
Mas se lamentando
Sempre ela
Sempre a morte
Poema de Eliza Menezes
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