Rumores

Há rumores de guerra

Que surgem de longe


Há tambores rufando

Espantando temores


O relinchar dos cavalos valentes

Estremece e congela

Os olhos da serpente


Serpente...

Pitonisa


Anuncias as calamidades sofridas

Num passado vindouro


Os portões tombam

Paredões de cor vermelha levantam-se


É tempo de guerra!

Eia!


Onde tu estás, que não vem nos salvar?!


Abro meus braços

Desesperado

Ajoelho-me entregado ao inimigo


Vens, não sei de onde

Suspende-me no vento

Abro os olhos

Me vejo em seus braços


Óh Advogada minha!

Livraste-me de todo mal

Agora me dê tua paz


Poema de Eliza Menezes


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